Na quinta-feira, dia 24, Laika passou pela cirurgia [que também realizou sua castração] e deu à luz 9 bebezinhos. Um deles, infelizmente, natimorto. Poucas horas depois mais um bebê acabou morrendo, pois era o único que não havia se desenvolvido muito bem durante a gestação.
De quinta para sexta, mamãe e filhotes passaram a noite na clínica veterinária e pela manhã descobrimos que Laika tinha baixa habilidade materna, o que acontece com algumas fêmeas: ela acabou matando 5 dos 7 filhotes que restavam. Os outros 2 só sobreviveram por que conseguiram escapar da jaula onde estavam com a mãe.
Infelizmente, uma das irmãs acabou morrendo apenas 6 horas após deixar a clínica, apesar de todos os cuidados que tivemos. E agora, há menos de 20 minutos, a última filhote também nos deixou...
Uma verdadeira tragédia perder essas coisinhas tão pequeninas, lindas e frágeis dessa maneira. Mas fizemos o possível, na nossa visão humana.
Nunca saberemos qual é a melhor coisa a ser feita para um animal de outra espécie - a gente mal sabe qual é a melhor coisa para nós mesmos! Não podemos também sentir raiva ou penalizar uma cachorrinha como a Laika pela atitude que, pelo julgamento humano, é terrível. Nunca saberemos as motivações dela e não podemos jamais dizer que ela foi boa ou má, ou certa ou errada, até mesmo por que não sabemos o quanto a nossa influência humana mudou o seu comportamento. O comportamento de um animal com instintos muito mais aguçados que os nossos.
Neste caso então nos resta aceitar, não sem tristeza e inconformismo, mas com um mínimo de sobriedade. E tocar a VIDA.